Ministério da Saúde francês quer introduzir cochilos no trabalho

postado em 12 de Agosto de 2025 11h25

Uma semana após o primeiro-ministro francês François Bayrou propor a retirada de dois feriados na França para aumentar a produtividade dos trabalhadores, o ministro da Saúde, Yannik Neuder, expressou seu "forte apoio" à introdução de cochilos em empresas e escolas.

 

"Dormir não é um luxo", disse o ministro, "é uma necessidade inegociável, um processo biológico essencial". Por isso, ele quer incentivar as empresas a fornecerem espaço para trabalhadores cochilem "na medida do possível". Em defesa da proposta, ele afirmou que essas pausas já são praticadas em muitos países europeus e citou a responsabilidade social corporativa como forma de convencê-los. No entanto, acrescentou que "não se trata de impor medidas irrealistas" para certas empresas, mas sim de "tornar certos empregos atraentes", mas não entrou em maiores detalhes. Neuder também se concentrou nas crianças, que frequentemente enfrentam "dias muito longos" que não respeitam sua cronobiologia.

 

Na ausência de medidas concretas, a abordagem atual do governo é conscientizar a população em geral, buscando compreender a importância do sono e propor medidas para isolar os quartos do ruído e da luz externa, entre outras medidas. No roteiro apresentado hoje, as autoridades francesas expressam preocupação com a má qualidade do sono entre a população francesa, que, segundo os médicos, acaba impactando a saúde e agravando doenças mentais e físicas, como as cardiovasculares.

 

De acordo com os dados apresentados no relatório, nos últimos 50 anos, os franceses perderam em média uma hora e meia de sono por dia, e 20% da população dorme menos de seis horas. Para crianças e adolescentes, a situação é ainda pior, pois estima-se que entre 30% e 70% não dormem a quantidade recomendada. Tudo isso significa que 45% da população sofre de pelo menos um distúrbio do sono.

 

Fonte: https://en.ara.cat