Colchões online: Falha em segurança vira preocupação no mercado

postado em 10 de Setembro de 2025 09h49

De acordo com testes realizados e enviados à Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA (CPSC), muitos colchões importados de baixo custo, vendidos em plataformas online como a Amazon, não cumprem os padrões federais de segurança contra incêndio.

Alguns dos modelos testados atingiram níveis perigosos de liberação de calor em apenas dois a quatro minutos após a ignição, violando a lei dos EUA.

Detalhes dos Testes e Resultados

O laboratório Element Materials Technology, credenciado pela CPSC, testou 24 colchões de oito marcas diferentes, com um preço médio de varejo de US$ 233 — cerca de metade do preço de atacado de um colchão fabricado nos EUA.

Os produtos foram avaliados sob a norma "1633" da CPSC, que exige que os colchões mantenham uma taxa de liberação de calor abaixo de 200 kW para serem considerados seguros.

• Resultados: Sete dos oito modelos (87,5%) falharam nos testes.
• Marcas Reprovadas: As marcas Crayan, Elitespace, Mubulily, Novilla e S Secretland falharam em todos os testes. As marcas Inofia e Vesganti falharam em dois dos três testes.
• Dados Alarmantes: O modelo S Secretland atingiu um pico de 271,2 kW em pouco mais de dois minutos.
• Estimativa de Vendas: Dados de mercado indicam que cerca de 400.000 colchões dos modelos com falha foram vendidos na Amazon entre 2024 e meados de 2025.

Preocupações do Mercado e Apelos por Ação

A Leggett & Platt, fabricante de insumos para colchões, patrocinou os testes e pediu que a CPSC tome medidas urgentes. Isso ocorre em um contexto onde os colchões importados já representam mais de 40% do mercado americano, subindo de apenas 10% há uma década.

As ações solicitadas pela Leggett & Platt incluem:

• Exigir o recall imediato dos modelos que falharam.
• Trabalhar com varejistas online para garantir que todos os produtos à venda estejam em conformidade.
• Aplicar penalidades civis para empresas que não cumpram as normas.

A CPSC já emitiu avisos para as marcas Crayan e Elitespace, mas ainda não emitiu recalls ou alertas para os outros modelos. A questão levanta sérias preocupações sobre a segurança dos materiais usados em colchões importados de baixo custo.