Impacto da taxa antidumping deixa colchoeiros preocupados

09 de Julho de 2025 13h00

Se não houve surpresa pela confirmação da aplicação de antidumping na importação de poliol, afinal o processo se arrastou por dois anos, o impacto das elevadas taxas aplicadas pelo governo federal deixou os fabricantes de colchões preocupados com o segundo semestre deste ano. É o que fica claro na pesquisa que a Abicol realizou com seus associados logo após a divulgação da Resolução GECEX Nº 754 de 3 de julho, sexta-feira.

 

O Termômetro Abicol – Impactos da Medida Antidumping do Poliol, teve participação de 85% dos associados e a principal questão proposta foi: Sua empresa já decidiu como reagirá ao aumento do custo do poliol? Ao menos 70% responderam que ainda está analisando os efeitos sobre os custos de produção. E 17% ainda não sabem o que fazer. 

 

Entre as medidas consideradas, 60% vão reajustar os preços imediatamente, enquanto 31% pretendem reajustar gradualmente os preços de venda. Enquanto isso, 25% já se adiantaram na busca por novos fornecedores de poliol fora da China e dos Estados Unidos, os países sancionados com o antidumping.

 

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Entre os que responderam o questionário, 68% consideram que o risco imediato será a diminuição das vendas, 57% preveem dificuldades para repassar os custos que, em alguns casos, pode chegar a 35% sobre o preço do colchão, e 49% acreditam que haverá muita pressão dos lojistas contra o repasse. Como esta questão era de respostas múltiplas, houve também quem se preocupe com a perda de competitividade com os colchões importados (28%) e 17% têm preocupação com paralisação da produção por falta de poliol com preço acessível.

 

Por sinal, este alerta se deve ao temor de que a Dow Sudeste, único fabricante nacional de poliol, não tenha condições de suprir imediatamente a demanda do mercado colchoeiro, automotivo e outros que utilizam espumas de poliuretano.